por Dr. José Sardella
(Revista Cult)
A sensação de frio na barriga na primeira apresentação em público,
recitando aquela poesia que parecia tão longa...
O primeiro beijo,
sentindo aquela mistura de aventura e culpa...
Os primeiros pêlos pubianos...
O primeiro sutiã...
O primeiro amor...
A primeira transa...
Aquela viagem sozinho,
longe dos pais...
Quando a gente vê o mar pela primeira vez...
Andar de bicicleta...
Ralar o joelho no carrinho de rolimã...
Soltar pipas no mês de agosto...
Pegar chuva fazendo barquinhos de papel na enxurrada...
Comer jabuticaba no pé...
Se lambuzar de manga...
Bolinho de chuva...
Sandálias havaianas...
Camiseta, jeans, aspirina são para sempre!
Filhos...
Netos...
Amigos verdadeiros...
Seu primeiro animal e a dor quando ele morre...
Escovar os dentes...
Tomar banho...
Gostar de lençóis limpos e cheirosos...
A preguiça de uma manhã de domingo...
O primeiro filme "de medo"...
Algodão doce...
Sorvete...
Chocolate...
Saber as horas...
Fazer xixi...
A música, o silêncio,
tua respiração e o batimento do seu coração são para sempre.
Mas casamento não é para sempre.
É um constante reinventar a própria relação,
apaixonando-se e desapaixonando-se inúmeras vezes
pela mesma pessoa.
Não há isenção de riscos em relacionamentos,
há cuidado (de cuidar), constante!
Não há, como dizia meu avô: "bem que sempre dure ou mal que nunca termine".
Arrisque-se a vivê-lo e saberá que vale a pena,
renovando-o dia a dia...
para sempre!
Adoreiii este texto..
ResponderExcluirUm máximo...!
bejus*